Muitos não saberão, mas só em 2007, aos 62 anos, é que Marco Paulo gravou o primeiro disco de originais inteiramente em português.

O álbum homónimo tinha composições de Tó Sanches, Menito Ramos, Paulo Abreu Lima ou Lara Afonso, entre outros. Mas a carreira de Marco Paulo, além dos inéditos com que se apresentou no Festival da Canção, foi construída à base de versões de sucesso internacionais a que deu nova dimensão com a sua voz.

O primeiro disco, ‘Não Sei’, de 1966, por exemplo, já era uma versão de ‘Vorrei’ do cantor francês Alain Barriére. Ainda nos anos 60/70 gravou, por exemplo, ‘S. Francisco’ (dos Mamas & The Papas), ‘Gwendolyne’ (de Julio Iglesias), ‘Só Falei para Dizer que Te Amo’ (‘I Just Called To Say I Love You’, de Stevie Wonder) e ‘Ninguém Ninguém’, adaptação de ‘Midnight Lover’ de Peter Yellowstone. Em 1980 arrancou para a sua década de ouro com ‘Eu Tenho Dois Amores’ (‘Petra’, do grego George Hatzinasios).

Ao longo do seu percurso gravou ‘Anita’ e ‘Morena Morenita’ (ambos do grego Costa Cordalis), ‘Taras e Manias’ (original de Marcos Valle), ‘Sempre que Brilha o Sol’ (‘Cuando Calienta El Sol’, de Luis Miguel), ‘Maravilhoso Coração’ (original de Roberto Livi e Alejandro Vezzani) e ‘Nossa Senhora’, de Roberto Carlos.

Depois de 2007 gravou pontualmente originais de Ricardo Lan- dum, Miguel Gameiro, Jor- ge do Carmo, Nikita e José Cid. O último disco, ‘Por Ti’, foi editado em 2022.