O embaixador do Brasil em Lisboa, Raimundo Carreiro, ofereceu ajuda à Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA) para regularizar milhares de imigrantes, sendo a maioria brasileiros.
A AIMA completa um ano amanhã e vive um caos burocrático que deixa imigrantes no limbo. Quando foi criada, havia 350 mil processos pendentes. Agora, são mais de 400 mil.
Carreiro se reuniu com o secretário da Presidência, Rui Armindo Freitas, em 25 de setembro, quando propôs intermediar o auxílio tecnológico do governo à AIMA.
— Ofereci intermediar tratativas entre AIMA, Dataprev e Serpro para troca de conhecimento e experiência. São órgãos do governo que processam cerca de 65 milhões de benefícios do INSS e do bolsa família, fora o Imposto de Renda — disse Carreiro, completando:
— A experiência brasileira poderia ser útil para a AIMA no tipo de trabalho que a agência executa.
O secretário foi receptivo, mas disse que Portugal tem a situação encaminhada.
Porém, às vésperas do primeiro aniversário, a página da AIMA na internet ainda enfrenta problemas tecnológicos básicos, como este abaixo nos agendamentos.
Quem depende da AIMA para renovar ou pedir a primeira autorização de residência sofre com site instável, falta de vagas e contato telefônico ou por e-mail deficientes.
Portugal tem cerca de um milhão de imigrantes. Número muito inferior aos 22 milhões beneficiados pelo Bolsa Família, total que é o dobro da população portuguesa.
O governo português criou uma força tarefa para tentar acelerar os 400 mil processos pendentes até junho de 2025.
E apela para quem precisar faltar ao agendamento que avise para não congestionar ainda mais um processo que já é lento e tem vagas limitadas.