Candidata do PSD ao Tribunal Constitucional diz que o aborto levanta “conflito com a vida intrauterina” (e admite que volte a ser apreciado)

by BigGreenDead

14 comments
  1. O aborto foi aprovado por referendo para 10 semanas, se quiserem uma extensão para 12 ou 14 semanas essa medida só têm legitimidade democrática se for a referendo, pois esse não foi o tempo referendado.

    De resto aquilo que a Sra. Juíza disse é óbvio, se o prazo for extendido o Constitucional têm o dever de ver se há ou não vida intrauterina, a menos que as outras deliberações digam que não há até X semanas.

    E sim levanta um conflito, daí termos o aborto até às 10 semanas e não ilimitado como alguns estados americanos que permitem abortos de fetos viáveis e vivos.

    É ler o artigo e ver que esta senhora não é anti-aborto mas sim que respondeu a uma pergunta e deu uma resposta óbvia à luz da constituição portuguesa, se o aborto for alargado o TC têm que reavaliar se as 12/14 semanas respeitam o direito à vida, que pode já existir nessa altura.

  2. Parece que sempre que o PPD se alapa no poder, as vozes mais reaccionárias do partido clamam logo o regresso à idade das trevas dos seus bons costumes. Parece a gozar e a maneira como as notícias rolam tem sempre essa água no bico de ser tudo mansinho, admitindo, considerando… Gansos selvagens desta categoria desejam mesmo causar estragos sérios na sociedade quando os seus viés ideológico-religiosos mais primitivos vêm à tona. O direito à IVG não é uma brincadeira! Conservadores de merda.

  3. Não esqueçamos: uma juíza que nunca fez um julgamento na vida 😉

    Quanto à questão do aborto, não estou a ver que conhecimentos superiores de biologia e medicina ela tem que lhe conferem competência para se pronunciar sobre “a vida uterina”.

  4. Começa a estrategia trump, por juizes idiotas no tribunal constitucional, para depois passar à 3a fase de reversão dos direitos.

  5. O PS já anunciou voto contra a nomeação da Srª por estas declarações, pelo que pode voltar para o lugar de onde veio

    São necessários 2/3 da AR

  6. O povo já manifestou a sua posição sobre este tema em 2007. Se a lei espelha a vontade da sociedade democraticamente expressa por essa mesma sociedade, diria que não há razão para tocar neste tema.

    Quanto à vida intra-uterina, recordo que o nosso código penal prevê o crime de aborto, que se concretiza quando alguém interrompe uma gravidez fora do quadro legal, que é quando se faz fora do prazo que a lei prevê para se poder abortar. São situações em que o feto já pode sobreviver sozinho, que manifestamente não é o caso numa interrupção voluntária da gravidez.

  7. Para variar o PSD do lado dos retrógrados. Não adianta que o pessoal volte a votar ps na eleição seguinte

Leave a Reply